domingo, maio 23, 2010

Mourinho, Milito e Milão: o Internazionale é o campeão dos campeões!


A equipa menos italiana do calcio (apenas costuma ter 1 a 2 italianos no onze incial), soube mostrar ao mundo a beleza nobre, a estética elaborada mas elegante da gloriosa tradição transalpina.

Um dos méritos de Mourinho é saber interpretar os momentos, o seu grupo de jogadores e a identidade da equipa.
Se com o Futebol Clube do Porto garantia médias de posse bola sempre acima dos 60%, se com o furioso Chelsea oferecia espectáculos de grande vigor e intensidade atacante, com o Inter revelou a arte mágica do catanaggio e a mestria do futebol directo.

A equipa menos italiana do calcio praticou o melhor futebol italiano. E que belo que ele é, que graça ele porta, que passe de mágica assistir àqueles golpes de equipa, aqueles passes rasgados, jogados a uma velocidade estonteante, mas com a elegância, a perfeição e a beleza da arte renascentista italiana, superiormente interpretada pelo argentino Milito!

Futebol não é "enrolar a bola"... é meter a "redondinha" dentro das redes!

"Controlo emocional" - esta a síntese de Mourinho ao desenlace da grande final de Madrid.
Sem dúvida: é isso que faz a diferença nos campeões dos campeões! Uma grande partida de Ténis, um encontro do Golf, ou mesmo um jogo de basket é ganho, ao nível das equipas de 5 estrelas, não por quem corre mais ou se revela mais atrevido, mas por quem tem "controlo emocional"!

Uma lição para Carlos Queirós e os nossos jogadores, mas sobretudo uma lição para todos os portugueses. Para se chegar ao topo precisamos de trabalho, paixão, intensidade, mas tudo isso controlado pelo controlo emocional!