quarta-feira, março 29, 2006

"Política energética nacional" - Debate (Clube Agir)

Participe no debate sobre Política energética nacional.
Entrada livre.
31 de Março de 2006 - 21h00
Casa da Cultura (Rua Pedro Monteiro) - Coimbra (Sala Ferrer Correia)

"Política energética nacional"

Prof. Doutor Sá Furtado (FCTUC)
Dr.ª Suzana Tavares da Silva (Assistente da FDUC e Doutoranda em Direito Administrativo)
Dr. Diogo Freitas (Doutorando em Física Nuclear)
Eng. Lobo Gonçalves (Administrador Executivo da Enernova - Grupo EDP)
Organização: Clube Agir

domingo, março 26, 2006

A festa da democracia

Ontem o PS Coimbra viveu mais um dia de festa democrática.
Os militantes foram chamados a julgar os dirigentes actuais e a pronunciar-se sobre os projectos apresentados pelos candidatos.
Isso, em si, é já algo de muito positivo!
No PS cada um pensa pela sua cabeça. Não há um Comité que dita em votações de braço no ar os caminhos e os descaminhos a seguir.
Cada um, em segredo e em consciência, toma as opções que entende mais adequadas para o Partido e para a Cidade.
Considero especialmente positivo que não haja ‘unanimismos’ e que se apresentem duas ou mais listas a disputar os órgãos democráticos do Partido.
Foi, pois, especialmente importante para o PS Coimbra que se conseguisse organizar duas listas nas eleições à Concelhia.
Felicito desde já a lista vencedora, a Lista A, liderada pelo Camarada Luís Vilar, e desejo-lhe boa sorte no exercício das suas funções!

Mas felicito também o Camarada David Coimbra pelo serviço que prestou ao Partido ao permitir que na Comissão Política Concelhia tenham assento algumas vozes que farão “oposição” crítica, solidária e construtiva ao Secretariado agora (re)eleito.

O PS mostra assim que é um Partido plural e com vivacidade democrática.

Não há bela sem senão. Sabemos que a nível processual nem tudo foi impecável: quer na capacidade de dar a conhecer o projecto político das listas, quer no exercício do direito de voto. Mas esses “beliscões” serão discutidos em sede própria e não mancham o que é uma evidência:
O PS Coimbra ontem viveu a festa da democracia!

terça-feira, março 14, 2006

“Debater (n)o Partido!” - Candidatura à Secção da Sé Nova - Coimbra

“Debater (n)o Partido!”

Coimbra, 14 de Março de 2006

Cara (o) Camarada,
Neto de avô Republicano e filho de pais Socialistas, desde muito cedo que me interesso pela Política e me identifico com o PS. No meu percurso de militante desde os 15 anos, primeiro na JS e a seu tempo no PS, registo a apresentação (ganhadora) de uma Moção Sectorial no Congresso Distrital da JS em 1994 em que defendia a realização de um Referendo sobre a Auto-determinação do povo de Timor-Leste (como vale a pena sonhar…!), a participação no secretariado da Sé Nova nos últimos dois anos, bem como a participação nas listas do PS à Junta de Freguesia da Sé Nova (fazendo agora parte da respectiva Assembleia de Freguesia) e à Assembleia Municipal de Coimbra, em 2005.
Ao nível profissional tenho-me dedicado inteiramente à vida académica, tendo concluído a Licenciatura em Direito com 17 valores em 1998 e o Mestrado em Ciências jurídico-civilísticas com “Muito Bom” em 2003. Actualmente estou a preparar a Dissertação de Doutoramento na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde sou Assistente.

Proponho-me dispor de algum tempo e de algumas energias em prol do nosso Partido. Estou convicto de que o PS precisa agora, mais do que nunca, que todos estejamos empenhados no debate, na participação e na vigilância democrática dos vários poderes a nível autárquico e nacional e de realizar um trabalho de debate ideológico e cultural dentro da própria sede.
Esta é uma candidatura plural, que nasce do empenho e amizade de um grupo de Camaradas, e está segura de que em conjunto pretendemos entabular, a partir da nossa Secção, uma refundação e uma re-dignificação do debate político no PS e sobre o PS em Coimbra.

Na sequência do trabalho realizado pelo anterior Secretariado, que consideramos muito positivo pelas iniciativas que promoveu, os objectivos a que nos propomos agora são os seguintes:
· Promover o debate dentro e fora das portas do PS;
· Estabelecer pontes com várias instituições da nossa Freguesia;
· Apresentar novos rostos e novas(os) protagonistas à sociedade e ao eleitorado do PS.

1) Para tanto assumimos o compromisso de realizar tertúlias mensais – na sede do Partido – (para as quais a(o) camarada está desde já convidada(o) em que iremos conversar com:
· Os representantes eleitos pelo PS a nível europeu, nacional e autárquico (Deputado Europeu, Deputados, Deputados Municipais, Vereadores, Membros da Assembleia de Freguesia);
· Camaradas da nossa secção ou de outra que nos apresentem temas da sua especialidade (temos entre nós muita gente ilustre e com conhecimentos aprofundados em diversas áreas de interesse político e cultural);
· Representantes das principais entidades económicas, sociais, culturais e recreativas da nossa Freguesia; e
· Personalidades (sobretudo da esquerda republicana) que queiram dar o seu contributo na preparação ideológica e cultural de todos nós.
2) Desejamos ainda realizar conferências-debate mais alargados chamando outros públicos;
3) O secretariado estará especialmente atento aos problemas da Sé Nova e das instituições que aqui estão sediadas e tomará posições públicas quando apropriado.

Para isso preciso da sua ajuda!
Alguns honraram-me ao aceitarem integrar a lista para a Mesa da Assembleia e para o Secretariado. Muitos homenageiam toda a nossa lista ao fazerem parte da Comissão de Honra.

O lema da nossa candidatura é Debater (n)o Partido! E para tanto começaremos desde já com uma sessão pública de esclarecimento no dia 22 de Março (quarta-feira) pelas 21.30 na Sede do PS.

À Camarada ou ao Camarada, caso não faça parte destas listas, peço-lhe apenas – para já – um pequeno esforço: vá votar no dia 25 de Março das 16 às 21 horas na nossa sede, à Rua Oliveira Matos!
Todos estamos pelo PS! Por um PS mais forte, com dignidade e caras novas!

O nosso compromisso é consigo e com a Sé Nova!

André Gonçalo Dias Pereira
Candidato a Secretário-coordenador da Secção da Sé Nova (Coimbra)


Actividades Eleitorais: Todos os militantes estão convidados!
Segunda-feira, 20 de Março de 2006, pelas 12h00: apresentação da candidatura à comunicação social, na sede do PS.
Quarta-feira, 22 de Março de 2006, pelas 21h30: sessão de esclarecimento aos militantes da Sé Nova, na sede do PS.
Sexta-feira, 24 de Março de 2006, pelas 20h00: jantar de confraternização entre os militantes da Sé Nova na ACM (Rua Alexandre Herculano) (confirme presença até 21/03 para andrediaspereira@hotmail.com ou 965549854)



LISTA – “Debater (n)o Partido” – SECÇÃO DA SÉ NOVA – COIMBRA

Presidente da Comissão de Honra
Dr. Santana Maia (Médico)

Comissão de Honra
António Vilhena (Psicólogo)
Fausto Correia (Deputado ao Parlamento Europeu)
Lusitano dos Santos (Professor Universitário – Engenharia Civil)
Machado Faria (Médico Veterinário)
Maria Fátima Garção (Investigadora)
Maria Susana Lopes (Funcionária Pública)
Mário Ruivo (Director da CDSSS-Coimbra)
Nelson Geada (Engenheiro)
Teresa Alegre Portugal (Deputada à Assembleia da República)
Vassalo de Abreu (Docente Universitário – Direito)
João Rui de Almeida (Médico)
Cristina Vieira (Professora Universitária – Ciências da Educação)

Mesa da Assembleia-Geral
Pio Abreu (Professor Universitário – Medicina)
Vieira Lopes (Reformado)
Maria Augusta Amorim Pinto (Funcionária Pública)
Suplentes:
Hugo Filipe de Oliveira Santos Cunha (Técnico de Informática)
Tiago Andrade (Engenheiro Informático)

Secretariado
André Dias Pereira (Assistente Universitário – Direito)
Marcos Júlio (Jurista)
Carla Ribeiro Freitas (Assistente Social)
Carla Susana Fortunato (Professora de Português)
Graciano Marques (Reformado)
Rui Antão Pires (Estudante de Direito)
Rosário Gama (Professora de Biologia)
Célia Gameiro Pedro (Professora de Filosofia)
Francisco Agostinho (Reformado bancário)

Suplentes:
Nuno Miguel Moreira Vieira (Engenheiro Químico)
António Morais Fonseca (Jurista)
Ana Leonor Pereira (Professora Universitária – História)
Aurélio Gonçalves (Professor de História)
Carlos Felício da Costa (Advogado)
José Júlio Gambôa Marques (Técnico de Informática)
Aníbal Gomes (Funcionário Judicial)
César Ribeiro (Engenheiro)
Cristina Martins (Professora de Matemática)

terça-feira, março 07, 2006

Terrorismo de Estado?

Israel é um dos países mais encantadores do mundo. É o local do mundo que eu considero que quem pode deve conhecer.
Tenho simpatia pela cultura judaica.
Defendo intransigentemente um Estado de Israel com segurança.
Mas não durmo descansado, não posso virar a cara quando o Governo de Israel faz ameaças que possa ser caracterizadas através de uma notícia deste jaez. (Ver Público)

Sei que por detrás de palavras violentas está um espírito de paz. Sei que tantas vezes na História foram os radicais quem fizeram a paz. Sei que todos estamos cansados de discutir a questão israelo-palestiniana. Mas este é um cancro que mói as relações internacionais, uma chaga aberta nas relações entre o Ocidente e o Islão.

Oxalá, um dia reine a paz na Palestina!

domingo, março 05, 2006

Debater, reflectir, pensar

Debater, reflectir, pensar

A esquerda republicana e socialista, e o PS em especial, não podem desperdiçar este período de interregno de actos eleitorais para se repensarem a si próprios.

Os Partidos Socialistas neste período do pós-“guerra fria” e da crise do Estado Social vivem indubitavelmente uma crise de identidade.

Acenar com a miragem do Estado Providência quando somos uma das sociedades mais envelhecidas do mundo e sem uma dinâmica económica compatível parece apenas uma miragem.

Apregoar as virtudes do “Capital em mãos públicas” está em desuso e parece blindado pelas leis de Bruxelas, dominadas pelo neo-liberalismo e pelo pensamento único.

Assumir-se como arauto das grandes liberdades e direitos cívicos e políticos, sendo ainda um elemento que faz a diferença, já não é nosso monopólio, visto que os Partidos Liberais (como os há verdadeiramente na Alemanha, na Holanda, no Reino Unido e nos Países Nórdicos) reclamam também esse espaço.

O que resta então do socialismo nos Partidos de esquerda “moderados”?

Rui Namorado lança pistas com dimensões procedimentais e substantivas extremamente valiosas.
Seria bom que todos reflectíssemos sobre as suas propostas. Sem preconceitos, sem maniqueísmos.

Simplificando as suas proposições (com os riscos que sempre correm as descomplexificações), apontaria as seguintes três ideias base:
1) Realização de “Primárias”, que permitirão a abertura (real abertura) ao eleitorado de esquerda;
2) Ética republicana de serviço público no exercício dos cargos de dirigentes (a nível local, distrital e nacional) do Partido, a implicar:
- a declaração (pública) de rendimentos e interesses
- e a realização de campanhas internas em igualdade de oportunidades (o que implica, por exemplo, o financiamento exclusivamente partidário das pugnas eleitorais e a obrigatoriedade de realização de debates entre os candidatos);
3) a terceira ideia, gostaria de a reproduzir em discurso directo: “trazer a cultura para dentro do PS”.
Uma palavra subversiva, quase proibida nos dias que correm: CULTURA.
Nós, os que nos habituámos a pensar um PS à imagem dos filmes franceses, das leituras dos jornais franceses, ou que tendo vivido alguns meses na cidade mais socialista da Europa! – Viena – identificamos no nosso inconsciente as referências ao PS, ao Socialismo democrático, à social-democracia com projectos culturais intensos, com o flamejante brilho da intelectualidade europeia, temos que lamentar que a cidade que ostenta uma velha e linda Torre com um relógio feito em Paris tenha um PS tão débil, um PS tão avesso à cultura.
E falo de cultura a sério, não a que o nosso futuro Presidente da República encontrou no google!
Falo de cinema, teatro, literatura, escultura, pintura, artes em geral, associado à discussão política, económica, social, científica e ambiental.
Falta cultura ao PS e o PS parece avesso à cultura!

Ora, destas três linhas força parece que pode resultar alguma luz sobre a posição do PS. De um qualquer “PS” num país civilizado, europeu e democrático:

1) Um Partido que se imponha pela superioridade ética dos/das seus/suas dirigentes.
2) Que se apresente a eleições tendo previamente escolhido – com pontes aos simpatizantes e eventualmente a outros Partidos nos Concelhos ou Distritos em que tal se justifique – aqueles(as) que reconhecidamente são os/as melhores candidatos(as).
3) E um PS verdadeiramente identificado com a esquerda, com as várias esquerdas:
- com a esquerda operária (do novo proletariado das sociedades pós-industriais),
- com a esquerda rural progressista (do cooperativismo, das associações empresariais vanguardistas)
- e com a esquerda urbana (com as elites culturais, académicas e empresariais).
Há lugar para todos – tem que haver lugar para todos! – num grande Partido inter-classista!

Agora é tempo de debater, reflectir, pensar!