José Saramago já mereceu grande admiração da minha parte. Já o considerei o melhor escritor português da actualidade, já reflecti muito com os seus ensinamentos. Não esqueço isso, nem apago esse precioso passado.
Ainda noutro dia tive o prazer sofrido de ver "O ensaios sobre a cegueira" de Fernando Meirelles, tão bom como o livro, que em devido tempo também apreciei.
Mas Saramago está cego na sua verborreia crítica contra Israel. O seu ateísmo feroz fá-lo atacar a essência de um povo, de uma religião.
Não condeno nem as suas críticas ao Governo de Israel, nem o seu ateísmo. Quiçá até partilhe muito das suas opiniões.
Mas não compreendo que se escreva com a agressividade e com a parcialidade com que o faz Saramago neste texto sobre Gaza.
Em alguns países europeus estas afirmações roçariam o crime, porventura também em Portugal.
Mas as Canárias já estão muito próximas de Marrocos, terra de onde fugiram muitos judeus em busca de uma terra de paz em Israel...