terça-feira, maio 31, 2011

Do turbante à Quinta das Lágrimas

Fico satisfeito porque, a pouco e pouco, fui encontrando pessoas que concordam com o meu ponto de vista sobre a questão da participação de imigrantes na campanha eleitoral... Designadamente em Lisboa e, em especial, em pessoas da ou próximas da comunidade imigrante! É que - e pela última vez o digo: qual a diferença em me terem telefonado para um jantar de profs universitários na Quinta das Lágrimas (mesmo pagando eu o jantar) e convidar um indiano de turbante a ir a um comício?!
Basta de preconceito!

segunda-feira, maio 30, 2011

Estudantes contra operários: tristes rumos da História...

TEMOS QUE SABER REMAR CONTRA O POLITICAMENTE CORRECTO! USAR A CAPA E BATINA, SÍMBOLO DE CLASSISMO E ELITISMO CONTRA UM COMÍCIO COM DEZENAS OU CENTENAS DE OPERÁRIOS, COM CARAS ESFORÇADAS, CORPOS VERGADOS AO SOFRIMENTO DA LUTA DIÁRIA NAS FÁBRICAS, NOS CAMPOS, NO COMÉRCIO, NA ADMINISTRAÇÃO: Que ironia da História esta! Os Estudantes contra os Operários! Força PCP! Força!

Se querem zelar pelas escadas monumentais, façam um concurso de ideias e proponham um conjunto de murais, devidamente regulamentado pela Câmara Municipal.

Aliás, para quem não é de Coimbra. Ficai a saber que durante uns 20 anos várias escadarias tinham o símbolo da APU - Aliança Povo Unido.

Mesmo que se considere ilícito - crime - a pintura de espaços públicos, isso não autoriza outro ilícito - perturbar o direito de reunião e de manifestação política!

terça-feira, maio 24, 2011

Crianças na campanha!

Vi dois grandes partidos com menores de 18 anos a "enfeitar" o palco dos líderes discursantes!
Nenhum jornalista se incomodou!
Nenhum comentador se importonou!
Nenhum daqueles - sempre atentos aos estrangeiros - se questionou!!!

“Improving the National Response to HIV/AIDS”

International Conference on HIV/AIDS in Istanbul

“Improving the National Response to HIV/AIDS”

Date: May 26-27, 2011
Location:      Yakut Ball Room at Larespark Hotel, Taksim - Istanbul.
Organiser: Positive Living Association.
Supporters: European Commission European Instrument for Democracy and Human Rights (EIDHR), the Joint United Nations Programme on HIV/AIDS (UNAIDS) and Technical Assistance for Civil Society Organisations (TACSO).
Theme: The main theme of the Conference is "Improving National Response to HIV/AIDS.”
Scope: “International Conference on HIV/AIDS in Istanbul - 2011” will address contemporary issues on the HIV/AIDS pandemic and national response strategies in the control of pandemic and providing sufficient support for the people living with HIV (PLHIV). The conference will act as a platform for sharing knowledge and experience in HIV/AIDS related policies and laws. In addition, conference aims to raise awareness about the needed change in the national response of Turkey to HIV/AIDS pandemic.
“International Conference on HIV/AIDS in Istanbul-2011” is organised in the framework of a 15-month long project, "Raising awareness of non-governmental organisations (NGOs), governmental organisations (GOs), and the members of the Parliament (MPs) regarding human rights of PLHIV and improving national response to HIV/AIDS".

Objectives:

  • To facilitate the exchange of knowledge, good practices and research findings among law and public health experts, governmental and non-governmental stakeholders;
  • To strengthen collaboration and networking between governmental organizations, civil society partners, and international institutions;
  • To provide people with HIV, policy makers, health practitioners, and others with a possibility a platform to interact with each other.
  • To discuss national response strategies, especially on legal framework and law to HIV/AIDS in different countries and propose a comprehensive national response in Turkey.
Participation: The policy makers, counsellors, scholars, lawyers, public health practitioners, state officers, representatives of civil society organisations, the people living with HIV, the activist community and the general public .
Languages: Bilingual, English-Turkish, simultaneous translation provided.

Programme:

DAY 1 – 26th May 2011

10.00 – 11.30           Opening Session
Erwan Marteil, Counsellor; Head of Section, Delegation of the European Union to Turkey
Ela Aktürkoğlu; UNAIDS Focal Point Turkey
Eser Canalioğlu Çınar; Sector Manager, Institution Building and Civil Society Section, Delegation of the European Union to Turkey
Nejat Ünlü; Chair of Board, Positive Living Association
İrfan Neziroglu, PhD; President, Turkish Association in Legislation
11.45 – 13.30           Panel Session 1 - Medical and Health Dimension of HIV/AIDS
Dr. Aygen Tümer, PhD; Coordinator, HIV/AIDS Treatment and Research Centre, Hacettepe University
Chair
Prof. Dr. Deniz Gokengin; Director, HIV/AIDS Treatment and Research Centre, Ege University
"Medical aspects of HIV/AIDS in Turkey: What we have and what we need.”
Dr. Roger Teck, PhD; Leader, HIV/AIDS Working Group, Médecins Sans Frontières
Prof. Dr. Şevki Sözen; Head of Forensics Department, Faculty of Medicine, İstanbul University
13.30 – 14.30           Lunch Break
14.30 – 16.15           Panel Session 2 - Legal Dimension of HIV/AIDS from the perspectives of Economical, Cultural, Social Rights and Discrimination
Günal Kurşun, PhD; General Secretary, Human Rights Agenda Association & Başkent University
Chair
Habibe Yilmaz Kayar; Lawyer - Legal Consultant, Positive Living Association, President, Women Rights Support Centre Association & Coordinator, Patients’ Rights Legal Support Centre
“Law and HIV/AIDS in Turkey”
Asst. Prof. André Pereira, PhD; the Centre for Biomedical Law, University of Coimbra & Coordinator, Community against AIDS Foundation
“Discrimination, Law and HIV/AIDS”
Nenad Petkovic; Board of Directors Member, HIV-Europe & Vice President, Q-Club - Association of people living with HIV
“Legislation mainstreaming HIV/AIDS issues and Recommendations: Experience of Serbia”
15.30 – 16.00           Coffee Break
16.00 – 18.00           Workshop 1 - “Improving National Response”: A New Legal Framework on HIV/AIDS
Murat Köylü, Project Coordinator, Positive Living Association
Moderator

DAY 2 – 27th May 2011

10.00 – 11.30           Panel Session 3 - Current Situation on HIV/AIDS in Turkey
Ümit Erdem; Lawyer - President, Association on Patients’ Rights
Chair
Muhtar Çokar, PhD; Projects Coordinator, Human Resources Development Foundation & Acıbadem University
“HIV Bio-Behavioural Survey among Vulnerable Populations in Turkey”
Habibe Yilmaz Kayar; Lawyer - Legal Consultant, Positive Living Association, President, Women Rights Support Centre Association & Coordinator, Patients’ Rights Legal Support Centre
“Violations of Rights and HIV/AIDS in Turkey”
Yasin Erkaymaz; Support Centre Coordinator, Positive Living Association
“PLHIV Stigma Index in Turkey”
Pınar Oktem; PhD Can., HIV and Development, School of International Development, University of East Anglia
“Interpretation of Findings from PLHIV Stigma Index in Turkey” and “Experiences of HIV-Related Stigmatisation in Turkey”
11.30 – 11.45           Coffee Break
11.45 – 13.30           Panel Session 4 - International Experiences on Improving National Response to HIV/AIDS
Nejat Unlu; President, Positive Living Association
Chair
Ferenc Bagyinszky; Steering Committee Member, AIDS Action Europe, Board of Directors Member, European AIDS Treatment Group & Hungarian Civil Liberties Union
“Challenges and Solutions - Legal Issues of PLWHA in Hungary”
Miran Šolinc, Manager of HIV Prevention Programs, Društvo ŠKUC, Member, National AIDS Commission of Slovenia & Member, Stop AIDS Forum, Slovenia
“National HIV/AIDS Strategy in Slovenia”
Amer Paripović; Projects Coordinator, Partnerships in Health – Bosnia Herzegovina
“National Response to HIV/AIDS in Bosnia Herzegovina”
13.30 – 14.30           Lunch Break
14.30 – 16.15           Panel Session 5 – The Role of Civil Society and Media against Discrimination and Stigmatisation
Asst. Prof. Dr. Levent Korkut, PhD; Dept. of Political Science and Public Administration, Hacettepe University & President, Civil Society Development Centre Association
Chair
Prof. Dr. Yasemin İnceoğlu; Faculty of Communication, Galatasaray University
Ali Rıza Keleş; President, Alternative Informatics Association
“Discrimination and Stigmatisation in the New Media”
Bahattin Ulusoy; President, Association of Roma People – Edirne
Şevval Kılıç; Consultant, the Women’s Door.
16.15 – 16.30           Coffee Break
16.30 – 18.00           Workshop 2 - “Improving National Response”: A New Legal Framework on HIV/AIDS
Murat Köylü, Project Coordinator, Positive Living Association
Moderator

segunda-feira, maio 23, 2011

A sátira da participação de imigrantes na campanha eleitoral nos limites da xenofobia

A sátira da participação de imigrantes na campanha eleitoral nos limites da xenofobia



Vieram a público, neste fim-de-semana, várias “peças jornalísticas” que procuraram fazer uma sátira pelo facto de um grupo de imigrantes ter participador em comícios eleitorais de um determinado partido político.
As “representações sociais” implícitas e promovidas nessas “peças” passavam pela caracterização do Imigrante como uma pessoa que:
- não teria qualquer interesse na política e que se deixou instrumentalizar, mais exactamente deixou-se “comprar” por um prato de lentilhas, digo, por uma sandes de queijo (de fiambre não deveria ser, porque muitos poderiam ser muçulmanos…);
- ou como uma pessoa sem liberdade e sem capacidade de autodeterminação e que estaria ali a mando de outrem apenas para abanar bandeiras e encher espaço, mas mais uma vez o jornalista – desapontado – não conseguiu  provar que aqueles “mercenários” houvessem sido pagos por tal serviço (à excepção da já famosa viagem de autocarro e da sandes…).
Ora estas “reportagens” estão imbuídas de preconceitos e roçam a xenofobia.
O preconceito de que o imigrante apenas participa na política por interesses venais (a sandes, a viagem de autocarro);
O preconceito de que o imigrante, não tendo direito a voto, não deveria ter o direito de participar no debate político. No fundo: eles estão cá para trabalhar e não para participar na coisa pública.
Claro que os repórteres tiveram o cuidado de aprimorar a sátira e procuraram filmar e entrevistar a caricatura mais populista: o indiano de turbante e o moçambicano com difícil dicção, carecendo de legendagem.
Fora este um jantar-debate com investidores americanos ou alemães; ou um chá no clube de golfe inglês de Cascais e já o efeito burlesco perante a audiência não funcionaria.
A maioria da população portuguesa arreganha um sorriso pérfido perante estas “peças” e abanando os ombros limita-se a cochichar que o partido que promove este tipo de participação instrumentaliza as pessoas. Fosse este partido um outro, por exemplo de extrema-esquerda e muito focado nos direitos dos imigrantes e já a imagem de instrumentalização não passava. Fossem estes imigrantes outros, por exemplo financiadores de órgãos de comunicação social, num hotel de 5 estrelas, e já a sátira não funcionava.
O ponto é que o partido que promoveu esta participação de imigrantes tem razão para o fazer! Como aliás disseram os imigrantes entrevistados, eles têm razões de agrado pelas políticas de imigração defendidas e praticadas pelo PS e por José Sócrates. Os Relatórios da ONU aí estão a comprovar que Portugal tem das melhores políticas de integração de imigrantes.
Recordo ainda que nas juventudes partidárias militam jovem sem idade para votar e que ao longo de 27 anos abanaram bandeiras e colaram cartazes, sem que a falta de capacidade eleitoral fosse razão para satirizar ou inibir o seu direito de participar no debate cívico e político!
Proponho aliás que os imigrantes tenham o direito de voto e mesmo que haja uma presença obrigatória de deputados imigrantes no Parlamento, através da criação de um círculo eleitoral para esta população (claro que isto só seria possível através de uma revisão constitucional).
Talvez isso não interesse. Talvez a comunicação social deva ira reboque dos critérios do Correio da Manhã e inundar as nossas mentes de representações sociais e culturais próximas da xenofobia, promovendo o desdém, o apoucamento e a infantilização do cidadão imigrante!

André Gonçalo Dias Pereira
Coimbra, 23de Maio de 2011

domingo, maio 22, 2011

Deputados para IMIGRANTES!

Defendo que os imigrantes legalmente residentes em Portugal deveriam ter direito de voto e deveria haver um "círculo eleitoral" de 2-3 deputados (ou mais, dependendo da população registada) só para deputados IMIGRANTES!

quinta-feira, maio 12, 2011

O doente...

“Quando soube que tinha um tumor no cérebro, descobri, da noite para o dia, um mundo que me parecia familiar, mas que, na realidade, eu conhecia muito mal – o mundo do paciente. Conhecia vagamente o neurocirurgião que me foi imediatamente indicado. Tivéramos pacientes em comum, e ele interessava-se pelo meu trabalho de investigação. Após a descoberta do meu tumor, o teor das nossas conversas alterou-se completamente. Acabaram-se as alusões às minhas experiências científicas. Eu tinha de pôr a nu os pormenores íntimos da minha vida e descrever todos os meus sintomas. Conversávamos sobre as minhas dores de cabeça, os meus enjoos e a possibilidade de eu vir a sofrer ataques epilépticos. Despojado dos meus atributos profissionais, passei a pertencer à “classe” dos simples pacientes. Senti o chão fugir-me debaixo dos pés.
Agarrei-me o melhor que pude ao meu estatuto de médico. De um modo algo lamentável, ia às consultas, de bata branca com o meu nome e os meus graus académicos bordados a azul. No meu hospital, onde era frequente dar-se muita importância à hierarquia, as enfermeiras e as auxiliares que conheciam a minha posição costumavam tratar-me respeitosamente por “Sr. Doutor”. Mas, quando despia a bata branca e me deitava numa maca, passava a ser o “Sr. Fulano Tal” ou, as mais das vezes, “querido”. (…) Entrei num mundo incolor: um mundo em que as pessoas não tinham qualificações, nem profissão. Um mundo no qual ninguém estava interessado naquilo que fazemos na vida ou naquilo que nos possa passar pela cabeça. Muitas vezes, a única coisa que temos de interessante é a última radiografia que fizemos.”[1]


[1] David SERVAN-SCHREIBER, anti-cancro: uma nova maneira de viver, caderno, 2010, pp. 45-46.

domingo, maio 08, 2011

International Symposium: Convention on Human Rights and Biomedicine – updated or outdated?

COIMBRA 11-12 JULY 2011

Centre for Biomedical Law

Faculty of Law, University of Coimbra



International Symposium:

Convention on Human Rights and Biomedicine – updated or outdated?



11 July 2011

9h00 – Welcome adress: Prof. Dr. Guilherme de Oliveira

9h15-10h30

Chairperson: Prof. Dr. Guilherme de Oliveira

PRINCIPLES

• Lia NEVES – Health: a non static phenomenon

• Radmila HREVTSOVA – Ensuring equitable access to health care in East European countries: problems and prospects

• Luís VALE – Access to health care, between rationing and responsiveness: problem(s) and meaning



Chairperson: Prof. Dr. José Manuel Silva (Bastonário da Ordem dos Médicos/ President of the Portuguese Medical Association)

11h00-13h30

INFORMED CONSENT

• Rafael VALE REIS, Medical Research Using Biobanks: Do We Need To Boost Our Concept Of Informed Consent?

• Eduardo DANTAS – Informed Consent and Informed Choice

• Fabiana REGO/ Mara FREITAS - Previously expressed wishes

• Filipa SÁ – Advance Directives

• Washington FONSECA – Assisted suicide, euthanasia, orthotanasia: the inadmissibility of the right to kill terminally ill patients.

• Cecília FONSECA – Law(s) without borders - Reflections on Comparative Law.





Chairperson: Prof. Dr. Helena Moniz

14h30-15h30

PRIVATE LIFE AND RIGHT TO INFORMATION

• Jean HERVEG – The Right to Private Life in the field of Biomedicine

• Lukáš PRUDIL – Privacy protection in the times of Facebook



Chairperson: Prof. Dr. João Loureiro

15h45-17h00

HUMAN GENOME

• Anne-Marie DUGUET - Genetic information

• Camilla FITTIPALDI – The Additional Protocol to the Oviedo Convention on Genetic Testing for Health Purposes: step forward against the direct-to-consumer genetic testing services?

• Elisabete FERREIRA - Intangibility of human genetic identity: Is this really a human right? Why?

• Alexandre PEREIRA: Human genes as biotechnological corporate assets?



12 July 2011

Chairperson: Prof. Dr. Sinde Monteiro

9h00-10h30

HUMAN GENOME/ ASSISTED REPRODUCTION TECHNOLOGIES

• Allane MADANAMOOTHOO - The Oviedo Convention and Surrogacy

• Margarida SILVESTRE – Sex selection and assisted reproduction technologies.



Chairperson: Dr. Maria de Belém Roseira

Prof. Dr. Céu Rueff - Comments

11h00-13h00

SCIENTIFIC RESEARCH

• Annagrazia ALTAVILLA – Research with children: current trends and perspectives

• André NIGRE – VIPEHOLM, 66 years a bridge between benevolent paternalism and autonomy.

• Vera RAPOSO - Juridical Status of Human Embryos and Foetus at the Oviedo Convention

• Maria MERUJE – Article 18 of the Convention on Human Rights and Biomedicine – the case for embryonic stem cells







14h30-16h00

Chairperson: Prof. Dr. Faria Costa

ORGAN AND TISSUE REMOVAL FROM LIVING DONORS FOR TRANSPLANTATION PURPOSES

• Lydia NUNES - Brief observations about organ and tissue removal from living donors for transplantation in Brazilian law



PROHIBITION OF FINANTIAL GAIN AND DISPOSAL OF A PART OF THE HUMAN BODY

• Gonçalo BANDEIRA: Of course that we need an international convention that helps to avoid trafficking in organs - some old-new civil and criminal aspects

• Natalia LOJKO: Biotechnology and intellectual property - should patents be moral?



Chairperson: Prof. Anne-Marie Duguet

16h15-17h30

INFRINGEMENTS OF THE PROVISIONS OF THE CONVENTION

• Jana KOLÁČKOVÁ - Bioethics and biomedicine in the ECHR case-law

• Katerina CERNEVA - Patients´ Complaint Proceeding and the Oviedo Convention in the Czech Republic

• Mafalda MATOS – ‘Off-Label’ – Off-Law?

• Marta VICENTE – Wrongful life actions



17h30 – Conclusions

• Prof. Dr. Guilherme de Oliveira

• André Pereira



18h30 – “Happy hour” 







Executive Director:

André Pereira

andreper@fd.uc.pt



Organization/ INSCRIPTIONS

Centro de Direito Biomédico

Centre for Biomedical Law

cdb@fd.uc.pt

Tel/ Fax: +351-239821043



Price:

• General: € 100

• Ex-Students of the Centre for Biomedical Law: €75

• Students from Portuguese Universities (and European Union): €50





http://www.visitportugal.com/Cultures/en-US/default.html









This session is included in the Toulouse European Summer School on health law and bioethics, organized by Prof. Dr. Anne Marie Duguet





Association de Recherche et de Formation en Droit Médical

http://www.arfdm.asso.fr/

sábado, maio 07, 2011

A morte de Bin Laden

Barack Obama levou a cabo uma operação militar muito bem sucedida no passado dia 1 de Maio. Segundo as fontes oficiais, o Comandante Supremo das Forças Armadas americanas liderou uma operação de invasão do campo inimigo e de aniquilamento do líder adversário, que desde há mas de 15 anos humilhava os Estados Unidos da América com ataques terroristas, declarações provocatórias na internet e a arquitectura da mais global, mais mortífera e mais cruel liga terrorista das últimas décadas: a Al-Qaeda.

Obama tomou as decisões correctas antes, durante e depois desta operação.

Assim, antes de atacar o refúgio de Bin Laden, assegurou-se de que as condições operacionais seriam adequadas e quanto mandou os seus homens avançar, estes iam seguros da vitória e do sucesso. E ainda assim, houve um percalço com a perda de um helicópetro.
Isto era tanto mais importante, quanto a operação se desenrolaria num Estado supostamente amigo, mas em permanente reserva mental, por parte de muitos dos seus líderes militares: o Paquistão.

Num segundo momento, Obama teve que optar entre uma tentativa de captura do inimigo e consequente transporte do mesmo para território dos aliados (qual país - Portugal?), para território americano (gerando uma onda de ataques nunca antes vista sob o seu povo), ou para território neutro (a Suíça?) onde um tribunal pudesse julgar os crimes de Bin Laden.
Mas aí teríamos uma infinidade de problemas jurídicos: tratar-se-ia de crimes de guerra? De crimes civis? Quais os tribunais competentes? Após 3 a 5 anos de processo e milhares de vítimas depois, conseguiríamos uma condenação?

Penso que fica bem a uma certa elite esquerdista, mostrar a sua indignação perante a morte de Bin Laden sem "fair trial". Assim podem revelar publicamente as suas virtudes. Fica melhor ainda à direita pró-Bush vir agora - atónita! - admirar-se do facto de um Presidente Democrata afinal ter capacidades de líder militar e coragem nas relações internacionais... (esquecem-se de Roosevelt...)

Na minha perspectiva, é tudo mais simples. Bin Laden e a Al-Qaeda estavam (e esta ainda está) em guerra aberta com os Estados Unidos - uma guerra atípica e cobarde - e nesse contexto, no âmbito de uma operação militar, o inimigo foi abatido. Já antes havia sido morto o seu número 2 e outros dirgentes, bem como milhares de combatentes da Al-Quaeda. Nunca vi ninguém contestar a validade desses actos operacionais de uma guerra contínua...

Em terceiro lugar, Obama revelou a sua inteligência ao não mandar enterrear o cadáver de Bin Laden. Assim se evita a criação de uma nova Meca. Optou melhor ainda ao não revelar imagens do cadáver do facínora, pois não se trata aqui de mostrar troféus ou de fazer o escalpe do totém!
Do lado de Obama está a razão, o sangue frio e a liderança que evitaram a criação de um fenómeno de mártir, de adolação de uma imagem mítica, que poderia inspirar ainda mais os terríveis atentados terroristas que se vão abater (ou tentar abater) sobre nós.

Bin Laden morreu numa operação de guerra. Teve uma morte digna, assinada pelo próprio Presidente dos Estados Unidos da América. O terrorista que mais humilhou a América, o facínora que mais muçulmanos matou em toda a história do terror, repousa agora no Golfo de Omã, onde a sua memória se apagará nas trevas, no fundo negro de um Oceano que não conseguirá lavar todo o sangue derramado nas ruas de Nova Iorque, Madrid, Bagdad, Bali e outras dezenas de cidades em todo o mundo...

sexta-feira, maio 06, 2011

Serenidade

A campanha eleitoral para as eleições legislativas de 5 de Junho de 2011 já está na estrada.



Todos os responsáveis políticos deveriam ter em mente o dia 6 de Junho.

O sistema parlamentar que a nossa Constituição acolhe não favorece a existências de maiorias de um só partido. É o normal na Europa.
Mas isso não significa que não seja possível, normal e desejável que se formem Governos com apoio parlamentar de maioria absoluta.
É mesmo fundamental que isso aconteça para que o país possa ter um rumo que gere confiança, previsibilidade e um rumo de crescimento e emprego.
Continuar uma guerrilha política - tantas vezes absolutamente virtual - por mero desejo de aparecer nas televisões é ilusório e nada oferece de positivo ao país.
Estas próximas semanas servem para que cada partido apresente as suas propostas. De forma civilizada, sem insultos e com respeito pelas pessoas que pensam de forma diferente.
Naturalmente, deve haver debate e dramatização intelectual e ideológica das diferenças que separam os projectos.
Mas tenhamos serenidade. O programa do próximo Governo foi delineado pelas instituições internacionais: trata-se agora de o aplicar bem; de o fazer com apoio popular e social; e de ver neste conjunto de reformas uma agenda de transformação do país com os seguintes desígnios fundamentais:
- produção;
- exportação;
- emprego;
- solidariedade.
Donde, os partidos e as forças sociais de centro-esquerda e de centro-direita se devem aliar num esforço de modernização do aparelho produtivo nacional e preservar - reestruturando e reformando - as grandes conquistas de Abril: uma Saúde de qualidade e de acesso público sem discriminações e sem distinções económico-sociais; uma Escola pública e republicana que efective uma verdadeira igualdade de oportunidades.


Por último, em ordem a manter a democracia, urge restaurar a justiça nas relações laborais. Justiça para todos! Também para as gerações mais novas que nem sonham com um contrato de trabalho; com os desempregados e com aqueles que, com mais dificuldade de adaptação às novas exigências laborais, precisam de formação e de encontrar uma nova esperança.

Ganhará as eleições quem mantiver a serenidade e explicar aos portugueses que deseja fazer alianças virtuosas, que consigam ter suficiente apoio popular para uma legislatura muito exigente e de grandes transformações, como a que se segue.
A esquerda democrática tem que manter a humildade e saber que só há progresso com transformação, que só há melhoria da condição humana, com o dinamismo da mudança.

As forças dinâmicas e patrióticas do centro-direita devem assumir as suas responsabilidades e abandonar o ataque ao homem, o insulto infame e a desconfiança dos perdedores.

Se assim for, teremos uma boa campanha; os portugueses ditarão os resultados a 5 de Junho e, no dia seguinte, Portugal poderá voltar a caminhar rumo ao futuro!



No dia em que se registam 24 anos sobre o súbito desaparecimento de um grande cidadão, de um ilustre Professor e distinto Governante, Doutor Carlos Alberto da Mota Pinto, importa afirmar quanta falta fez e faz um homem deste quilate, que em tempos duros e conturbados de 1983-85 soube contribuir decisivamente para dar um rumo de progresso ao nosso país!

Tort law: basic texts

Uma bela homenagem ao Prof. Dr. Helmut Koziol.
Mais uma participação neste grupo internacional de prestígio.

Pós-Graduação em Enfermagem Forense .