Serpente
Serpente!
Corres de um salto para o agarrar!
Perdido, num retorno contente,
Achado numa brisa a respirar.
Intensas palavras os uniram,
Gotas quentes sentiram.
Deambulando, caminhada ausente,
Volta amada sempre presente!
Serpente!
Em tarde de canícula folgada,
Ao pôr-do-sol mordente,
Na escuridão da noite desencontrada!
Embalados foram os sonhos,
Despachados em bordéus contentores,
Uma aguardente, sede de medronhos,
Pela pena aguardo os teus odores.
T.G.