terça-feira, outubro 19, 2010

Naquela Serra

Naquela Serra

Move-se assim a terra,
Olhos por fim naquela serra,
Destinos cruzados encontrados,
Marcas, sinais, suados.
Cantaram aleluias celestes,
Requiem pelas jornas agrestes,
celebramos o beijo que me deste.
Sempre imenso contentamento,
Azul na floresta,
Hoje sonho e festa.


Fora ele sol salgado,
Passeio açucarado,
Cinema delicado.
Só sombra, distância e pecado.
Ausente presente malcontente,
Soturna lua nova permanente.
E contudo luz no céu estrelado,
Por uma vida ao teu lado.

Ainda aqui também.
Sente a voz, vem!
Aurora inebriada,
Maçã de Setembro abençoada.
Vai parte adeus atormentada,
De Vénus enviada!
Foge corre salta paixão domesticada.
Tranquilo estava,
Tarde de estio e trovoada.
Soltaram a estrela, brilha e dança alegre encantada.
Sente o fresco riacho deslizando aquela serra,
Aquela serra para o Mar…



T.G.