sexta-feira, setembro 30, 2016

Pedro Figueiredo 30/9/2016 - Museu da Água - Coimbra

Pedro Figueiredo
30/9/2016

Escultor com currículo internacional –  as suas obras frequentam desde há mais de uma década as galerias de prestígio, as salas de exposição de referência e os ambientes hoteleiros de eleição – Pedro Figueiredo – assim de modo claro, aberto e genuíno – sem pseudónimo! – revela-se um já maduro Mestre da Arte da Escultura.

Com um traço fino, elegante e provocador, a obra de Pedro Figueiredo faz-nos recordar mestres como Amedeo Modigliani e sobretudo Alberto Giacometti, também se lhe apontam raízes na surrealista Leonora Carrington e no tão conhecido Salvador Dali.

Mas Pedro Figueiredo é um artista do século XXI, reconhecendo as grandes marcas e cadências das escolas do Século XX, inova – com originalidade e sucesso – introduzindo elementos pictóricos hodiernos, de que destacaria o feliz, radiante e colorido peixe nemo, que baila nos braços de uma elegante donzela.

Figueiredo aventurou-se no mundo da água e aí foi buscar um universo de bichos emprenhados de semiótico sentido, que nos fazem reviver a idade dos sonhos, a idade da fantasia e da imaginação: tartarugas, cavalos-marinhos, sereias, mulheres-cisne... enfim todo um espaço-tempo de indefinição e de existências que estão para lá do real.

Deixemo-nos sonhar, apreciemos a escultura do nosso Mestre que leva o nome de Coimbra bem longe e que com o seu trabalho nos honra!



                             Lendo Pedro Figueiredo

Olhando com esperança o horizonte,
Esbeltos vultos erguidos sobre o rio,
Movimento sereno e seguro de tartaruga,
Figuras híbridas que nos questionam,
Macho - fêmea
Negro - branco
Num cinzento escarlate de soberana potência.

E a cor que nos leva a sonhos de criança, em pose de altivez;
A sereia-flamingo se confundindo na pureza de um sonho firme,
                        de pés agarrados ao chão.

Pedro Figueiredo é Mestre. Escultor.
Abre Coimbra ao futuro e honra nos no mundo da Cultura!

André Dias Pereira