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O Natal de 2009 em Portugal é vivido na refrega da maior crise financeira desde os anos 30, em plena decadência de um modelo económico que não gerou riqueza, mas que continha o desemprego.
Circulando por Coimbra, revendo antigos colegas de Liceu, encontro uma geração de quadros que trabalham em Macau, África do Sul, Angola, Madrid, Londres... A nossa cidade deixou-os partir.
O país encontra-se numa angústia de tensões a vários planos: político, social e existencial.
D. José Policarpo num discurso de aparente concórdia cita Miguel Torga, refere o ateísmo e saúda os outros monoteístas.
O Natal é um momento estruturante da nossa cultura e do nosso reencontro, com a família, com os amigos de longa data, com um reganhar de força interior para enfrentar um novo ano.
As noites mais longas do ano são o palco de orgias gastronómicas e devaneios consumistas.
Mas que não se esqueça a serenidade e a esperança que o renascer do menino, a cada ano renovado, nos deve trazer.
Bom Natal a todos!