Quase todas as medidas anunciadas, de per si, merecem o nosso aplauso.
Subida dos salários da função pública.
Alguma compreensão e ajuda às PME's.
Estímulo ao mercado do arrendamento.
Algum investimento público.
Enfim... esta equipa governamental merece crédito e não se vislumbra qualquer alternativa consistente.
Mas tudo isto é tristonho.
Portugal, desde 2002, aterrou num marasmo do qual não parece conseguir sair.
Ora por causa do défice orçamental, ora por causa da crise internacional.
Seja devido à má qualificação dos portugueses; seja consequência de uma carga fiscal relativamente pesada.
A verdade é que temos uma geração que não tem esperança de poder melhorar o seu nível de vida.
Pensávamos que o sentido da História era o da melhoria constante e generalizada das condições de existência. Mas não!
Esta geração está travada. Caminha-se rasteiro, devagarinho, a 0,8%, a 0,6%, em que direcção...
Um país com uma crise demográfica grave. Com falta de mobilidade social. Sem preparação cultural adequada aos tempos modernos. Onde a corrupção e o tráfico de influênicas ainda são vistas como normais.
E pior ainda. Com o espectro de um pântano político dentro de um ano...